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Brincadeiras de roda e danças de terreiro animam oficina na Ação Educativa

 

A oficina faz parte das atividades do projeto financiado pelo Fumcad cujo objetivo principal é envolver crianças e adolescentes na discussão das políticas públicas de educação da cidade de SP.


De Olho no Plano
15 de dezembro de 2011


Com o objetivo de formar educadores que atuam em processos participativos com crianças e adolescentes, foi realizada no dia 14 de dezembro, na sede da Ação Educativa, em São Paulo, uma oficina com brincadeiras de roda e danças de terreiro. A oficina está no marco da finalização do projeto com apoio do Fundo Municipal da Criança e do Adolescente (Fumcad), que visa à inserção de crianças e adolescentes em processos participativos de tomada de decisões sobre políticas públicas.


Além de aprender brincadeiras de roda, cantigas e jogos de mão, que podem ser aproveitados em processos participativos, “dinamizando grupos, animando espaços, construindo vínculos, é também uma importante oportunidade de trabalhar a riqueza cultura afro-brasileira, no marco da Lei 10.639 e nas ações de valorização da cultura que estão dispostas ai”, diz Denise Carreira, coordenadora da área de Educação da Ação Educativa.


A oficina teve a duração de duas horas, com muita dança, muita cantiga de roda e brincadeiras. “A gente cresce e para de brincar porque falta espaço”, diz Rosângela de Macedo, arte-educadora que ministrou a oficina. Ela que é coordenadora da Comunidade Cultural Sambaqui, na Brasilândia, zona norte de São Paulo, onde um dos projetos realizados é o projeto Chão do Meu Terreiro, focado na cultura tradicional.


Segundo Rosangela, algumas das brincadeiras de mão ensinadas ela aprendeu com o mineiro Adelson Murta (Adelsin), autor do livro de brincadeiras Barangandã Arco-íris. Outras ela aprendeu com o Grupo Cachuera, quando foi fazer um curso do Brincante. “Entrei para o Grupo Cachuera, que trabalha muito as tradições afro-brasileiras do sudeste, e passei a visitar as comunidades tradicionais em Minas Gerais e São Paulo”, conta. “Daí fui tomar contato com uma identidade que já era minha e eu não sabia, voltei às origens familiares, às histórias contadas pelo meu pai, que depois descobri que já havia sido da Folia de Reis”.


As brincadeiras são populares e oriundas da cultura afro-brasileira, mas engana-se quem pensa que são apenas para as crianças. “O Cucuriá não é exatamente para a criança, na festa do Divino [Espírito Santo] todas as gerações participam da dança. O brincar não é para criança, o brincar é para quem está vivo”, diz Rosangela.

 

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