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                >  Infância,  adolescência e participação   
                 
  A  literatura sobre criança e adolescente é bastante vasta. Na organização desse  banco de dados privilegiou-se um conjunto de estudos recentes desenvolvidos no  campo da Pedagogia que se diferencia por conceber a criança como sujeito  social.  
                  
                Na maior parte dos textos a análise centra-se nas relações entre  gerações (crianças/adolescentes e adultos) e nas relações que as crianças e os  adolescentes estabelecem entre si. Segundo essa perspectiva, as crianças e  adolescentes não são meros receptores da cultura estabelecida, mas sim são  atores transformadores da realidade social. 
                  
                Destaque para os conceitos de “culturas  infantis”, “culturas de pares” e “socialização interpretativa”. São  apresentadas também nessa base experiências de promoção da participação de  crianças e adolescentes em processos de incidência em políticas públicas. 
                  
                Confira abaixo o levantamento elaborado pelo De Olho no Plano ou clique aqui para fazer o download do arquivo em PDF, na íntegra.  
                  
                  
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                MENDONÇA,  Maria Helena Magalhães. O desafio da política de atendimento à infância e à  adolescência na construção de políticas mais equitativas. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, vol. 18, suplemento.  2002.    
                     
                  
                Resumo: O trabalho analisou a nova política social  que se configurou pela assimilação da noção de proteção social integral com vistas à eqüidade. Os  seus pressupostos marcaram a reforma social contida no texto constitucional de  1988 e nas leis regulamentadoras dos direitos assegurados – assistência social,  saúde e educação públicas – nos anos 90. Mostrou-se que, no contexto  precedente, a população jovem no Brasil apresentava situação de grande  vulnerabilidade, em face da sua posição na estrutura social, reforçada pelo  acesso diferenciado a bens e serviços públicos. A análise da política de  atendimento para a infância e adolescência, que enfatizou a intersetorialidade  e redefiniu os programas e ações sociais e de saúde, nos anos 90, não pretendeu  ser conclusiva, mas apontou algumas tendências na reordenação da política de  assistência pública para a população jovem pobre, compatíveis com alguns  avanços dos indicadores sociais de vulnerabilidade na área da saúde, educação e  trabalho na década. Contudo, considerou-se que essa reorientação renovou a  tensão entre a focalização nos segmentos mais vulneráveis, com seletividade das  ações a serem oferecidas e a universalização com integralidade da proteção  social. 
                  
                Palavras-chave: Saúde Infantil; Adolescência; Assistência Social;  Assistência à Saúde; Eqüidade. 
                 
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                DELGADO, Ana  Cristina Coll; Müller, Fernanda. Em busca de pesquisas investigativas com  crianças e suas cultura. Cadernos  de Pesquisa, v. 35, n. 125, p. 161-179, maio/ago.  2005.  
                     
                  
                Resumo: Este artigo  apresenta reflexões sobre metodologias investigativas com as crianças e suas  culturas, a partir do referencial da Sociologia da Infância. Este campo teórico  considera as crianças como atores sociais que acionam estratégias de luta por  meio das suas culturas de pares. Na produção acadêmica brasileira sobre as  crianças e suas culturas, ainda não possuímos uma tradição de estudos que  tratem das vozes das crianças por elas próprias.  
                  
                 
                      Palavras-chave:  Crianças, Metodologias de Pesquisa, Infância, Cultura. 
                  
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                CORSARO,  Willian. Entrada no campo, aceitação e natureza da participação nos estudos  etnográficos com crianças pequenas.  Educação e Sociedade. Campinas, vol. 26, n. 91, p.  443-464, Maio/Ago. 2005 
                  
                 
                      Resumo: Fazer pesquisa etnográfica com crianças pequenas envolve certo  número de desafios uma vez que os adultos são percebidos como poderosos e  controladores de suas vidas. Este artigo relata minhas pesquisas etnográficas  comparativas com crianças de pré-escolas nos Estados Unidos e na Itália. Enfoco  mais particularmente a entrada no campo, o estabelecimento do status de  participante e a coleta de notas de campo e de dados audiovisuais. Faço uma  breve revisão dos procedimentos de entrada no campo que usei nos locais de  pesquisa de campo nos Estados Unidos e na Itália. Discuto como, com o tempo,  passei a fazer “pesquisa com, e não mais sobre, crianças”, ou seja, como meus  métodos de coleta de dados acabaram se tornando gradualmente mais abertos à  contribuição direta das crianças. Finalmente, usando a pesquisa de Modena, na  Itália, discuto uma etnografia longitudinal ao longo de períodos-chave de  transição na vida das crianças. Essa etnografia implicou que permanecesse com e  continuasse observando e entrevistando as crianças quando entraram na primeira  série e durante seus cinco anos de escola primária. 
                  
                 
                    Palavras-chaves:  Etnografia, cultura de pares das crianças, educação pré-escolar. 
                  
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                SARMENTO, Manuel Jacinto. Infância, exclusão social e educação  como utopia realizável. Educação &  Sociedade,  ano XXIII, n. 78, Abril/2002.  
                  
                  
                Resumo: A infância,  como construção social, tem sofrido, no decurso da 2ª modernidade, processos de  reinstitucionalização que, em larga medida, põem em questão as representações e  imagens das crianças dominantes nos últimos 200 anos. A análise da  (re)construção das identidades sociais e das subjectividades infantis  constitui, desse modo, uma tarefa teórica da mais exigente actualidade. O que,  entretanto, aqui se assinala é que este processo de reinstitucionalização da  infância, apesar da construção de consensos globais sobre os direitos das  crianças, tem vindo a aumentar os factores e as condições de exclusão das  gerações mais jovens face aos direitos sociais e da cidadania. Neste artigo  inventariam-se alguns dos principais indicadores de exclusão, considerando diversos  espaços estruturais, e assinalam-se alguns dos pontos de ruptura por onde pode  passar a construção de uma educação escolar centrada na afirmação activa dos  direitos das crianças. 
                  
                  
                Palavras-chave:Infância. Exclusão social. Educação.  Cidadania. 
                  
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                FERRETTI,  Celso J.; ZIBAS, Dagmar M. L.; TARTUCE, Gisela Lobo B. P.. Protagonismo juvenil  na literatura especializada e na reforma do ensino médio. Cadernos de Pesquisa, v. 34, n. 122,  p. 411-423, maio/ago. 2004. 
                  
                  
                Resumo: O “protagonismo  juvenil” tem tido ampla repercussão na área educacional, principalmente a  partir da implementação da reforma curricular do ensino médio, cujas diretrizes  adotam esse conceito como um dos pilares das inovações sugeridas. No entanto, o  tema é sujeito a diferentes interpretações. Com a preocupação de maior precisão  conceitual, este artigo recorre às definições de diversos autores como  contraponto para a análise do protagonismo tal como proposto pelo documento  oficial da reforma. 
                  
                 
                    Palavras-chave: Juventude;  Adolescente; Ensino Médio, Reforma do Estado 
                  
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                SALES,  Leila Maria Ferreira. Infância e adolescência na sociedade  contemporânea. Estudos de Psicologia,  Campinas vol. 22, n.1, pp. 33-41, janeiro – março 2005.  
                  
                  
                Resumo: O  objetivo deste trabalho é indicar aspectos que configuram a infância e a  adolescência na sociedade contemporânea, especificamente no que diz respeito à  relação com o adulto. Este estudo foi desenvolvido a partir da revisão de  alguns autores em psicologia e demais áreas afins, e pretende contribuir para o  aprofundamento do debate sobre este tema. Na sociedade moderna, as crianças e  os adolescentes inserem-se em condições sociais específicas que acentuam a sua  dependência frente ao adulto. Hoje, no entanto, há uma nova forma de  reconhecimento social dessas fases da vida que enfatiza um tratamento  igualitário entre adulto, criança e adolescente. O desvelamento desse processo  permite caracterizar os contornos que essas etapas do desenvolvimento humano  vêm adquirindo atualmente e suas implicações na vida cotidiana. 
                  
                  
                Palavras-chave:  adolescência; cultura; infância; subjetividade. 
                  
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                HADADD, Lenira. Políticas integradas de educação e cuidado  infantil. Cadernos de  Pesquisa. v. 36, n. 129, p. 519-546, set./dez. 2006. 
                  
                  
                Resumo: Este  artigo é uma síntese de pesquisa realizada no âmbito da OCDE e da Unesco em  2001 sobre o desenvolvimento e implementação de serviços integrados ou  coordenados de educação e cuidado infantil em uma perspectiva sistêmica,  sublinhando aspectos pertinentes a países desenvolvidos e em desenvolvimento. O  tema central da discussão é a proposta de um novo modelo de sistema integrado,  em que a responsabilidade pela educação e cuidado infantil deixa de ser  exclusiva da família para ser compartilhada por toda a sociedade. Essa mudança  de paradigma pressupõe a legitimação da socialização infantil extrafamiliar,  tornando a educação da criança pequena uma questão ao mesmo tempo pública e  privada. A pesquisa aponta as implicações desse modelo para o desenvolvimento  de políticas e práticas e identifica tendências convergentes e divergentes entre  os países analisados, assim como os principais desafios e armadilhas que se  apresentam no caminho rumo a uma política de 
                  integração consistente e coerente. 
                  
                  
                Palavras-chave: Educação Infantil; cuidado com crianças; políticas públicas;  pesquisa educacional. 
                  
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                PEREIRA, Rita Marisa Ribes; SALGADO, Raquel Gonçalves, JOBIM E  SOUZA, Solange. Pesquisador e  criança: dialogismo e alteridade na produção da infância contemporânea. Cadernos de Pesquisa. v. 39, n. 138,  set./dez. 2009. 
                  
                  
                Resumo: O propósito deste artigo é analisar o ato de pesquisar com crianças e  elaborar uma perspectiva crítica da produção da subjetividade na relação entre  adultos e crianças na contemporaneidade. A teoria da linguagem de Mikhail  Bakhtin serviu de base para discutir o complexo tema da alteridade no âmbito da  relação pesquisador-criança. A ampliação do debate sobre a relação entre  adultos e crianças em face dos desafios da cultura do consumo e da sociedade da  informação foi considerada uma alternativa metodológica promissora na busca de  soluções coletivas para as questões que se colocam no campo educacional no  mundo de hoje.  
                  
                  
                Palavras-chave: Pesquisa, infância, linguagem, cultura. 
                  
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                PEREZ, José Roberto Du; PASSONE, Eric Ferdinando. Políticas  sociais de atendimento as crianças e adolescentes no Brasil. Cadernos de Pesquisa. v.40, n.140,  p. 649-673, maio/ago. 2010 
                  
                  
                Resumo: Este artigo analisa a emergência e o desenvolvimento das políticas  sociais de atendimento infanto-juvenil concomitante ao processo de  desenvolvimento do sistema de proteção social nacional, focalizando algumas das  principais representações atribuídas à infância, de acordo com o período  histórico e político de cada época. Busca-se apresentar a noção de infância  instituída sob a constituição do aparato do Estado de Bem-Estar brasileiro, de  forma a situá-la em um contexto mais amplo de transformações históricas e  políticas que envolveram a emergência e consolidação das políticas sociais  destinadas ao atendimento à criança e ao adolescente no Brasil ao longo do  século XX e início do século XXI. 
                  
                  
                Palavras-chave: Políticas sociais;  crianças; adolescentes; cidadania. 
                  
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                SORES, Natalia Fernandes. Análise participativa no  grupo social da infância. Currículo sem Fronteiras, v.6, n.1,  pp.25-40, Jan/Jun. 2006.   
                  
                  
                Resumo: Este texto pretende apresentar e  discutir possibilidades metodológicas que vão ao encontro a uma das exigências  que se coloca à Sociologia da Infância: dar voz às crianças na interpretação  dos seus mundos sociais e culturais. Partindo do pressuposto de que as crianças  são actores sociais competentes para a interpretação da realidade social em que  se inserem, apresentamos então possibilidades metodológicas que baseadas num  trabalho de parceria entre adultos e crianças encarem a participação das crianças  como um dos pilares fundamentais de todo o processo. São assim apresentados  alguns pressupostos teóricos que sustentam a importância de considerar a  participação das crianças como um princípio fundamental no desenvolvimento de  investigação com crianças. São também discutidos alguns passos básicos  para a consideração de um roteiro ético na investigação com crianças. Finalmente  são apresentadas algumas ferramentas metodológicas que, na nossa opinião,  resgatam os princípios e aspectos éticos básicos num processo de investigação  com crianças, no sentido de as valorizar e respeitar enquanto parceiros de  investigação, em suma, de as valorizar enquanto cidadãos.  
                  
                  
                Palavras  chave:  infância, direitos, participação e ética.  
                  
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                DELGADO,  Ana Cristina Coll. Culturas infantis, tensões e negociações entre adultos e  crianças numa creche domiciliar. Currículo  sem Fronteiras, v.6, n.1, pp.82-102, Jan/Jun 2006. 
                  
                  
                Resumo:   O artigo analisa as culturas infantis, as tensões e negociações entre  adultos e crianças de uma creche domiciliar localizada em um bairro popular do  município de São Gonçalo/RJ. O referencial teórico abrange estudos da  sociologia da infância, gênero e famílias das camadas populares. Nos processos  de socialização da creche, compreendi as crianças como sujeitos ativos que  produzem práticas e representações a respeito do mundo com o qual interagem.  Mas é impossível ignorar os limites do espaço social no qual são socializadas,  assim como as tensões e negociações vivenciadas com os adultos. Mesmo com suas  culturas de pares interferindo no cotidiano da creche, elas fazem parte de um  bairro, de grupos familiares das camadas populares que têm modos de  socialização e lógicas muito peculiares ao meio de origem. Embora não tenha  encontrado uma proposta pedagógica formalizada no cotidiano, as análises  evidenciam a existência de relações educativas entre adultos e crianças, que  refletem as expectativas dos familiares com relação a criação dos seus filhos.  
                  
                  
                Palavras  - Chave: culturas  infantis, camadas populares, socialização. 
                  
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                MÜLLER,  Fernanda. Infância nas vozes das crianças. Culturas infantis, trabalho e  resistência. Educação e Sociedade.  Campinas, vol. 27, n. 95, p. 553-573, maio/ago. 2006. 
                  
                  
                Resumo: Este artigo  apresenta uma pesquisa realizada em uma turma de Educação Infantil, na cidade  de São Leopoldo (RS) – a Turma de Pré. As categorias culturas  infantis, trabalho e resistência foram captadas a partir das  vozes das crianças, entendidas neste estudo como manifestações que não se  restringem aos relatos orais, através de um estudo de inspiração etnográfica. 
                 
                 
                Palavras-chave: Infâncias.  Educação infantil; Culturas infantis; Trabalho; Resistência. 
                  
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                MÜLLER,  Fernanda. Socialização na escola: transição, aprendizagem e amizade na visão  das crianças. Revista Educar, Curitiba, n. 32, p. 123-141, 2008. 
                  
                  
                Resumo: O trabalho  apresenta uma pesquisa etnográfica conduzida na cidade de Porto Alegre, onde se  buscou entender os processos de socialização escolar a partir dos depoimentos  de oito crianças. O artigo explora três temas, sendo o primeiro a transição de  série que implica dificuldades, prazeres e medos. O segundo se refere à idéia  de “ter futuro” como conseqüência das aprendizagens na escola, assim  apresentada explicitamente pelas crianças mais pobres. Por último, o contexto  do recreio é focalizado para mostrar a complexidade das relações de amizade  entre pares. 
                  
                  
                Palavras-chave: crianças;  escola; socialização. 
                  
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                MÜLLER,  Fernanda; HASSEN, Maria Nazareth Agra. A infância pesquisada. Psicologia USP.  São Paulo, 20(3), 465-480, julho/setembro, 2009. 
                  
                  
                Resumo:  O artigo apresenta as ideias referenciais da pesquisa que tematiza a infância  em diferentes campos do conhecimento, em especial nas ciências sociais,  apontando os caminhos pelos quais a criança passa a ser concebida como ator  social e como produtora de cultura e de significados. Argumenta-se que a  infância demanda estudos interdisciplinares e processos flexíveis de pesquisa e  que a complexidade contemporânea demanda a ruptura com um conjunto de  dicotomias entre crianças e adultos, criadas na modernidade. Embora já exista  um corpo interdisciplinar de estudos sobre as crianças, considera-se que, sendo  a infância um fenômeno híbrido, produzido na intersecção de aspectos biológicos  e sociais, sua compreensão requer maior integração de disciplinas das ciências  sociais e naturais. 
                  
                  
                Palavras-chave:  Infância. Ciências Sociais. Crianças. Cultura.  
                  
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                SIROTA,  Régine. A indeterminação das fronteiras  da idade. Perspectiva, Florianópolis, v. 25, n. 1, 41-56,  jan./jun. 2007.  
                  
                  
                Resumo: Como  nosso olhar sobre a criança evoluiu? A definição clássica que estabeleceu  fronteiras claras entre gerações, na qual a socialização era concebida de  maneira vertical, vai ser sucedida por uma sociologia da infância que introduz  a visão de uma “socialização interpretativa”, na qual a criança aparece como um  ator. Essa mudança conceitual vai introduzir uma visão em termos de  socialização horizontal no nível do grupo de pares e do entre-crianças,  considerando a criança não somente como um ser futuro, mas também como um ser  no presente. A infância é aqui vista como uma construção social, variável em  sua forma, certamente, mas antes de tudo como um componente estrutural de toda  sociedade. A partir de um quebra-cabeça de referências complexas e incertas, se  constrói o estatuto de “igual paradoxal” da infância da modernidade, diante do  espelho da reflexividade dos discursos experts que modelam  normatividades, políticas sociais e imaginários da infância. 
                  
                  
                Palavras-chave: Infância;  Sociologia da Infância; Socialização; Crianças-Aspectos sociais. 
                  
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                SARMENTO,  Manuel Jacinto. Crianças: educação, culturas e cidadania activa. Perspectiva, Florianópolis, v. 23, n.  01, p. 17-40, jan./jul. 2005. 
                  
                  
                Resumo: O presente  texto analisa a necessidade social que emerge do facto de as crianças constituírem  contemporaneamente não já apenas o motivo do cuidado e da preocupação dos  adultos, mas de assumirem, a vários títulos, a centralidade da atenção  colectiva, por efeito das importantes transformações demográficas que se verificam,  bem como pelas mudanças que ocorrem no contexto mundial nas instituições  tradicionalmente associadas aos mundos de vida das crianças: a família e a  escola. Produzido na motivação de respaldar um projeto cuja intenção é “o conhecimento  sobre o que se conhece sobre as crianças” e também sobre os discursos políticos  e legais em que a criança é alvo das atenções, espera-se que o desenvolvimento do  projecto permita reconfigurar ideias, representações e evidências sobre as  crianças e a infância portuguesas e brasileiras, bem como fundamentar propostas  para o funcionamento das organizações educativas, para a consolidação das  políticas de educação e atendimento de crianças e para a promoção da cidadania  activa. 
                  
                  
                Palavras-chave: Crianças-Aspectos  sociais. Crianças-Desenvolvimento. Crianças-Formação. Educação de crianças. 
                  
                Disponível para download aqui.  
                    
                    
                  
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                SILVA, Juliana Pereira; BARBOSA,  Silvia Neli Falcão; KRAMER, Sonia. Questões teórico-metodológicas da pesquisa  com crianças. Perspectiva,  Florianópolis, v. 23, n. 01, p. 41-64, jan./jul. 2005. 
                  
                  
                Resumo: O objetivo  deste texto é o de contribuir para a fundamentação teórico-metodológica da  pesquisa com crianças. Com base em Benjamin, o texto busca entender as relações  entre infância, cultura e sociedade, a partir de uma perspectiva fundamentada  na antropologia e na filosofia. Em primeiro lugar, situa-se o tema no contexto  das ciências humanas e sociais, delineando alguns desafios e ilusões que os  pesquisadores enfrentam. A seguir, é apresentada a produção acadêmica  brasileira recente, trazendo diferentes perspectivas sobre o tema. O terceiro  item analisa dois aspectos que, em uma interlocução com a antropologia, são  considerados fundamentais para o trabalho de campo: distância e proximidade;  familiaridade e estranhamento. O quarto item propõe algumas diretrizes  metodológicas para a pesquisa com crianças, com base na obra de Bakhtin e de  Vygotsky. 
                  
                  
                Palavras-chave:  Crianças-Pesquisa, Pesquisa-Metodologia; Crianças-aspectos culturais; Infância-  aspectos culturais. 
                  
                Disponível para download aqui.  
                 
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                QUINTEIRO, Jurema. Sobre a  emergência de uma sociologia da infância: contribuição para o debate. Perspectiva. Florianópolis,v.20, n.Especial, p.  137-162, jul./dez.2002. 
                  
                  
                Resumo 
                  O  objetivo deste texto é apresentar alguns aspectos e questões que resultam da  emergência de uma Sociologia da Infância, particularmente, sobre a evolução do  objeto e do olhar a partir do levantamento da produção brasileira mediante uma  breve retrospectiva histórica das disciplinas e dos principais trabalhos sobre  a infância nas Ciências Sociais. Dentre as questões levantadas destacam-se  aquelas referentes ao processo de socialização da criança e à institucionalização  da infância no interior da escola pública. 
                  
                  
                Palavras-chave: Sociologia da  Infância; Cultura; Socialização e Escola. 
                  
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                STERCK,  Danilo R.. Um mundo ao alcance de crianças e jovens: notas sobre o protagonismo  de crianças e jovens em orçamento público em cidades brasileiras. Cadernos de Educação, Pelotas, n. 30,  PP. 45-61, janeiro/junho 2008. 
                  
                  
                Resumo: Este artigo  reúne elementos para compreender a participação de crianças e de jovens na  administração pública, em especial no orçamento. Detém-se primeiramente na  análise das motivações para integrar jovens e crianças em assuntos até há pouco  considerados como exclusividade de um reduzido grupo de técnicos e políticos  adultos. Apresenta e analisa fatos e dados de algumas experiências, com ênfase  no OP-Criança na cidade de São Paulo. Destaca, na conclusão, que o fato de  manter crianças e jovens num mundo separado, ainda que sob o argumento da  proteção, além de tolher o desenvolvimento como indivíduos e como cidadãos,  representa o desperdício de um potencial de criatividade e de energia das quais  as atuais sociedades necessitam para se repensar e refazer. 
                  
                  
                Palavras-chave: protagonismo,  crianças, jovens, orçamento participativo 
                  
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                TOMAS,  Catarina. Contra os  silêncios, a invisibilidade e a afonia: A Participação das Crianças nos  Orçamentos Participativos. VI Congresso  Português de Sociologia. Lisboa, junho de 2008.  
                  
                  
                Resumo: Os  orçamentos Participativos de Crianças e Jovens (OPCJ) são processos sociais  inovadores que têm como objectivo envolver as  crianças em processos de participação cidadã, nomeadamente questões relacionadas  com o espaço onde vivem. Promove e institucionaliza a participação das crianças  no quadro político e simbólico. Encoraja, ainda, a participação cívica e  reconhece o papel e importância das crianças como cidadãos, uma vez que o OP é  considerado um espaço efectivo de prática da cidadania, de participação e de  acompanhamento de políticas públicas. 
                  
                  
                Palavras-chave: Infância, Participação,  Orçamentos Participativos, Cidade. 
                  
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                SARMENTO, Manuel Jacinto. Gerações e  alteridades: interrogações a partir da sociologia da infância. Educação e Sociedade,  Campinas, vol. 26, n. 91, p. 361-378, Maio/Ago. 2005.  
                  
                  
                Resumo: A sociologia da  infância propõe-se a constituir a infância como objecto sociológico,  resgatando-a das perspectivas biologistas, que a reduzem a um estado intermédio  de maturação e desenvolvimento humano, e psicologizantes, que tendem a  interpretar as crianças como indivíduos que se desenvolvem independentemente da  construção social das suas condições de existência e das representações e  imagens historicamente construídas sobre e para eles. Porém, mais do que isso,  a sociologia da infância propõe-se a interrogar a sociedade a partir de um  ponto de vista que toma as crianças como objecto de investigação sociológica  por direito próprio, fazendo acrescer o conhecimento, não apenas sobre  infância, mas sobre o conjunto da sociedade globalmente considerada. A infância  é concebida como uma categoria social do tipo geracional por meio da qual se  revelam as possibilidades e os constrangimentos da estrutura social.  
                  
                  
                Palavras-chave:  Infância. Geração, Sociologia da infância, Criança, Alteridade. 
                  
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                MONTANDON,  Cleopatrê. Sociologia da infância: balanço dos trabalhos em inglês. Cadernos de Pesquisa, nº 112, pp. 33-60,  março de 2001. 
                  
                  
                Resumo: Este artigo  faz um balanço retrospectivo das publicações sobre a infância na área da  sociologia, examinando os textos em língua inglesa produzidos não apenas nos  países anglo-saxônicos e escandinavos, mas também contribuições provenientes de  países e regiões como a Alemanha, África do Sul, Austrália, Europa do Leste e  do Sul. Aponta para a emergência de um novo campo de estudos: a sociologia da  infância, que a toma como uma construção social específica, que tem uma cultura  própria e merece ser considerada nos seus traços peculiares. 
                  
                  
                Palavras-chave: infância, sociologia,  revisão da literatura.  
                  
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                QVORTRUP,  Jens. A tentação da diversidade - e seus riscos. Educação e Sociedade.  Campinas,  v. 31, n. 113, p. 1121-1136, out.-dez. 2010 
                  
                  
                Resumo: Este texto busca discutir duas  abordagens propostas pelos estudos sociais sobre a infância: a primeira passa  pela diversidade e, portanto, pelo uso das categorias clássicas da sociologia –  classe, gênero e etnia – para delimitar a infância como objeto de pesquisa; e a  outra, defendida pelo autor, prioriza a categoria geracional nos estudos sobre  a infância. A argumentação aproxima as vertentes neoliberais e as perspectivas  pós-modernas e pós-estruturais para mostrar seus efeitos sobre as políticas e  os estudos da infância. De fato, o autor recupera análises para indicar os  riscos apresentados pela abordagem pautada pela diversidade na pesquisa sobre a  infância. 
                  
                  
                Palavras-chave: Infância. Diversidade. Abordagem metodológica 
                  
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                PASSONE, Eric Ferdinando. Políticas sociais de  atendimento à infância e juventude: o caso da Fundação Abrinq. Dissertação de  mestrado em Educação. UNICAMP, Campinas, 2007.  
                  
                  
                 
                  Resumo: Esta pesquisa situa-se no campo de análises de  políticas públicas ao dedicar-se ao estudo da emergência de ‘novos’ atores da  sociedade civil no espaço público e no atendimento às políticas públicas de  atendimento infanto-juvenil junto ao Estado. O objetivo desse trabalho foi  analisar a atuação da Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do  Adolescente na sua relação com o Estado e as políticas de atendimento  infanto-juvenil no contexto brasileiro de desestabilização estatal. Como  resultados dessa pesquisa, podemos destacar a posição da Fundação Abrinq,  enquanto ator social, como diferente de grupos e entidades sem fins lucrativos  que atuam no chamado ‘terceiro setor’ ou espaço público ‘não-estatal’. Enquanto  nestes, há grupos e organizações que criticam a ineficiência do Estado, e  colocam a supremacia do mercado e da sociedade civil como substitutos potenciais  do Estado, a ação política da fundação se caracteriza pela noção de diálogo,  mobilização e participação inter e intra-institucionais, visando à capacitação  estatal, o monitoramento de políticas públicas, o fortalecimento da gestão  governamental, a qualificação do debate eleitoral sobre as políticas de  atendimento da criança e adolescente e o fortalecimento da sociedade civil. 
                  
                  
                 
                  Palavras-chave: Fundação Abrinq, políticas públicas, educação,  assistência a menores, democratização, participação democrática.  
                   
                  
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                OZELLA, Sergio; AGUIAR, Wanda Maria Junqueira.  Desmistificando a concepção de adolescência. Cadernos de Pesquisa, v. 38, n. 133, p. 97-125, jan./abr. 2008 
                  
                  
                 
                  Resumo:  Este estudo teve como objetivo  examinar a concepção de adolescência/adolescente presente no discurso dos  jovens, bem como de que maneira eles entendem a passagem para a chamada idade adulta.  Foi feita uma discussão articulando criticamente esta concepção com aquela  apresentada pela Psicologia e veiculada pelos meios de comunicação em geral. A  análise teve como base a abordagem sócio-histórica que entende a adolescência  como uma categoria historicamente construída. Os sujeitos foram 856 jovens do  ensino médio da Grande São Paulo com idade entre 14 e 21 anos, de ambos os  sexos, das classes socioeconômicas de A a E e de três etnias presentes na população  estudada (brancos, negros, orientais). Aplicou-se um questionário com cinco  questões abertas e a análise seguiu uma perspectiva qualitativa mediante  programa Spad-T. Do material coletado resultaram sete núcleos de significação  que apontam a diversidade de adolescências presente na nossa sociedade e a  importância de se entender o processo adolescente dentro de contextos específicos,  levando em conta a sua multideterminação. Apesar de alguns aspectos serem comuns  a todos os adolescentes, foram detectadas diversidades, basicamente em razão  das diferenças de classe social e de gênero. Destacou-se também a determinação  étnica (particularmente quanto aos orientais) na constituição da subjetividade  e no lidar com a realidade social. 
                  
                  
                 
                  Palavras-chave: Adolescentes,  psicologia, classe social, relações de gênero.  
                  
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                FERREIRA, Manoela;  SARMENTO, Manuel Jacinto. Subjectividade e Bem-Estar das Crianças:  (in)visibilidade e voz. Revista  Eletrônica de Educação, São Carlos (SP), v. 2, n. 2, nov. 2008.  
                  
                  
                 
                  Resumo: A produção política e normativa sobre  bem-estar social das crianças, nomeadamente a que emana da União Europeia,  apoia-se, usualmente, em referenciais metodológicos que usam valores e ideias  tomados aproblematicamente. Esses referenciais revertem para a pesquisa  científica de suporte às políticas públicas, que assim reproduzem concepções  não problematizadas sobre os termos de referência utilizados e têm consequência  no aparato metodológico mobilizado. Genericamente, essas pesquisas sustentam-se  em estatísticas, que aliam à sua natureza extensiva, uma muito reduzida  capacidade de dar conta das diferenças e desigualdades entre crianças. Mais  ainda, essas metodologias usualmente sustentam-se em procedimentos  epistemológicos que perspectivam as crianças a partir de pontos de vista  adultocêntricos e etnocêntricos. As questões da alteridade infantil, da  diferença cultural e até, frequentemente, da desigualdade social, encontram  pouca expressão na produção investigativa patente em múltiplos relatórios,  nomeadamente nos originários das grandes organizações européias e  internacionais. Em simultâneo, dimensões como a acção e as culturas infantis  são dificilmente apreendidas nessas investigações sobre bem-estar. A partir de  uma perspectiva alternativa, procuramos neste artigo estabelecer as bases  teóricas, epistemológicas e metodológicas que permitam, na análise do bem-estar  infantil, cruzar os indicadores estruturais com as dimensões da subjectividade,  e os factores sociais com a interpretação e acção das crianças, enquanto  actores sociais concretos. 
                  
                  
                 
                  Palavras-chave: Infância; bem–estar social; políticas públicas; investigação  social 
                  
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