Posted by on set 17, 2015 in Destaque, Notícias | 0 comments

Durante sanção do PME, aluna destaca importância da igualdade de gênero. O tema, no entanto, não consta no documento sancionado pelo Prefeito

Nesta quinta-feira (17/09), o prefeito Fernando Haddad sancionou o Plano Municipal de Educação (2015 – 2025) que orienta a oferta educacional na cidade de São Paulo para os próximos dez anos.

Ao assinar a aprovação do documento sem vetos – em acordo com o texto votado pela Câmara dos Vereadores – Haddad destacou a importância do Plano para a educação municipal. “Esse é um Plano de Educação que vai fazer efetivamente a diferença: valorizar o professor, ampliar vagas, diminuir o número de alunos por sala de aula. Tudo isso é importante demais e o Plano dialoga muito com essas variáveis que vão afetar positivamente a qualidade”, apontou o Prefeito.

Em sua fala, Haddad defendeu que a educação deve ser entendida como um compromisso constante de toda a população da cidade: “se nós não nos convencermos que o processo educativo é um processo social para além da escola e que exige de cada um de nós um pouco mais de humildade diante dos desafios que estão colocados, a nossa sociedade vai avançar, mas muito menos do que poderia”.

Já o presidente da Câmara dos Vereadores, Antônio Donato, apontou a importância do Plano ao fortalecer a gestão democrática no município. “Nós aprovamos a gestão democrática como método de gestão da educação por meio do reconhecimento do Fórum Municipal de Educação e do fortalecimento do Crece [Conselho de Representantes de Conselhos de Escola]”, apontou o vereador. E complementou: “o fortalecimento dos conselhos de escola vai ser fundamental para que a gente tenha uma escola mais democrática e uma escola mais democrática, com certeza, será de melhor qualidade”.

Além disso, Donato destacou a previsão de aumento de recursos para a educação na cidade: “nós aumentamos a obrigação mínima de investimento da educação de 31% para 33%, um aumento de quase R$ 700 milhões por ano”. Clique aqui e conheça o Plano sancionado pelo Prefeito Fernando Haddad.

 

Monitoramento e avaliação

Também durante o evento de sanção do PME, a presidenta do Fórum Municipal de Educação (FME) e representante do CRECE, Kezia Alves, apontou a importância da Comissão de Educação, Cultura e Esporte da Câmara dos Vereadores no processo de elaboração do Plano. “O documento sancionado hoje é resultado da construção coletiva dos poderes executivo, legislativo e da sociedade civil. É resultado da luta e dos sonhos de cidadãos e cidadãs comprometidas com a construção de uma nova realidade educacional em nossa cidade, que reduza desigualdades históricas e que construa justiça social”, afiançou Kezia, relatando que o Fórum está aberto à participação de toda a sociedade e que, por meio dele, deve ser realizado o monitoramento e avaliação do PME sancionado.

Já a Conselheira Municipal de Educação e integrante do FME, Sueli Mondini, destacou a necessidade de acompanhamento da execução do PME. “O Plano tem avanços e tem pontos que vamos conseguir rever durante sua implementação, por exemplo, com relação ao financiamento”, afirmou Sueli, citando que tanto o Conselho quanto o Fórum vão atuar de maneira conjunta no monitoramento e avaliação do PME.

 

Igualdade de gênero

Em sua fala durante a cerimônia, a aluna Maíra Gabriele do Nascimento registrou a importância da igualdade de gênero nas escolas, em resposta ao tema ter sido retirado do Plano de Educação pelos vereadores e de não constar no documento sancionado pelo Prefeito Fernando Haddad.

“Gênero é importante porque existem famílias diferentes. Hoje em dia a gente está vivendo em uma sociedade com famílias com dois pais, duas mães e, na minha escola, eu convivo com pessoas homossexuais e bissexuais. Então, porque omitir a palavra gênero se ela é tão constante na nova vida? Tem muitas coisas que eu pergunto para o professor e não teria coragem de perguntar para minha mãe ou para o meu pai”, relatou. E defendeu: “o debate dentro da sala de aula é importante porque a gente vai sair da escola e enfrentar o mundo. E o mundo não tem só heterossexuais”, destacou Maíra.