Posted by on jun 18, 2014 in Destaque, Notícias | 0 comments

 

Financiamento e infraestrutura educacional foram os temas da reunião desta segunda-feira (16/6) do grupo de trabalho criado pela Comissão de Educação da Câmara para avaliar as metas e objetivos do Plano Municipal de Educação (PME), previsto no Projeto de Lei (PL) 415/2012. Entre os assuntos abordados estavam o ‘cálculo aluno-qualidade’, os investimentos federais e as bonificações.

Uma dos temas mais debatidos durante o encontro foi a construção de um novo calculo do custo ‘aluno-qualidade’. Segundo Denise Carreira, representante da organização Ação Educativa e relatora nacional pelo Direito Humano à Educação da ONG Dhesca Brasil, deve haver uma calculo regional na cidade para que todas as metas inseridas no PME sejam atingidas. “Estes cálculos vão estabelecer o custo real das intervenções e materiais necessários para atingir as metas com qualidade. Em cada uma das diferentes regiões da cidade existe uma realidade que precisa ser considerada”, disse.

O professor Otaviano Helene, representante da Adusp (Associação dos Docentes da USP), também acredita que o calculo por região ajudaria a atingir as metas do Plano. “Um investimento adequado incluindo todos os recursos necessários para uma educação de qualidade só será bem realizado se for feito este estudo regional”, afirmou.

A política de bonificação foi apresentada como um projeto que também precisa ser reavaliado. De acordo com Claudio Marques, integrante do Fórum Paulista EJA (Educação de Jovens e Adultos), o sistema atual — que bonifica as escolas que se destacam em avaliações como as do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) — pode ser prejudicial. “É uma lógica capitalista [a meritocracia], que leva a não se preocupar com o processo e foca no resultado. Cuidar do processo é bem mais importante para nós. Precisamos pensar em igualdade de oportunidades, mais recursos para atender as instituições que mais precisam”, afirmou.

O representante técnico da Secretaria Municipal de Educação, Rogério dos Anjos, salientou a importância de discutir o PME junto à comissão e ao grupo. “Este é um plano que não acaba agora. Pensamos juntos agora para desenvolvermos melhor a implantação dos próximos dez anos”, afirmou.

Ele destacou durante a reunião que os 10% do PIB (Produto Interno Bruto) anual serão destinados à educação, previstos no Plano Nacional de Educação (PNE). “Nessa porcentagem inclui-se também os lucros do pré-sal que serão aplicados na educação, e que ainda não sabemos o que pode significar. Se tivermos um plano bem estruturado, será bem utilizado”, disse.

Fonte: Portal da Câmara Municipal de São Paulo