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Secretário apresenta dados da Prova SP 2010 e faz balanço das ações da pasta Educação

 

14 de abril de 2011
Fonte: Observatório da Educação


O balanço foi realizado durante sessão do Conselho Municipal de Educação; desempenho dos alunos do Ciclo II do ensino fundamental apresenta estagnação.

 

Dados apresentados pela Secretaria Municipal da Educação de São Paulo ao Conselho Municipal de Educação revelam que as notas da Prova São Paulo de 2010 apresentam uma leve tendência de queda em relação aos anos anteriores. Participaram da reunião o secretário da Educação, Alexandre Schneider, e outros membros da pasta. Composta por uma prova de matemática, outra de português e uma redação, a Prova São Paulo é aplicada pela secretaria desde 2007 aos alunos da rede pública municipal.

 

Um dos dados apresentados aos conselheiros na reunião mostra que, no segundo ano do ciclo II (equivalente à sétima série), 87% das escolas apresentaram um aumento no número de estudantes com desempenho inferior ao básico para a sua série em relação à prova de 2009.

 

Para a secretária-adjunta Célia Regina Falótico isso pode ser explicado porque, no segundo ciclo (que seria da sexta à nona série), o estudante não teria o mesmo compromisso ao fazer as provas. “Ele pode ter feito tudo o que ele queria ou não. É diferente dos alunos do primeiro ciclo”.

 

Nas oitavas e quartas-séries – ambos últimos anos de cada ciclo – também foi verificada a estagnação nas notas dos estudantes em relação ao ano anterior. Segundo o professor Ocimar Alavarse, conselheiro e professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, o gráfico apresentado era muito semelhante ao do Saresp.

 

Alavarse levantou a possibilidade de haver um problema cultural em relação ao fim dos ciclos do ensino fundamental. “Talvez as escolas tenham dificuldade em lidar com o aluno que chegue ao último ano [do seu ciclo] que já saiba o conteúdo, que já tenha alcançado o objetivo. Talvez devamos mudar o patamar dos objetivos nos últimos anos”, afirma.

 

A secretaria afirma que enviará às escolas e aos professores os dados detalhados da Prova, com comparações com as outras escolas de sua região, da média da secretaria, além do desempenho de cada aluno.

 

Balanço

 

Além das notas da Prova SP, o secretário apresentou um balanço com as ações e resultados da sua pasta nos últimos seis anos.  Entre os comentários, Alexandre Schneider afirmou que a decisão do STF, na última quarta-feira (6), de declarar a lei do piso salarial constitucional não afetará as escolas municipais de São Paulo.

 

O secretário citou metas como a reestruturação da educação infantil, com ampliação da carga horária – mínimo de seis horas na pré-escola e cinco no ensino fundamental – e implantação gradativa da escola de 7 horas na rede. Segundo Schneider, os CEUs são os primeiros a implantar – de vontade própria – a jornada de sete horas.

 

Por fim, o secretário afirmou que a Prefeitura vai recorrer da decisão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que recentemente determinou que as escolas municipais de educação infantil devem permanecer abertas o ano todo, sem interrupções. A presidente do CME afirmou que, em breve, uma comissão será organizada entre os conselheiros para avaliar a questão.

 

 

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